A pimenta é uma das mais antigas especiarias a ser objeto de
amplo comércio. Já na época dos egípcios e, depois, dos romanos, mercadores de
diversas origens, em boa parte árabes, viajavam a partir da Índia, normalmente
através da Pérsia ou da península árabe, para comerciar pimenta com os países do mediterrâneo em troca de ouro
e de outros produtos locais. Na época imperial romana, grande parte deste comércio era por via de mar, através de portos no Mar Vermelho, de onde a especiaria chegava ao Egito e, daí, ao resto do Império.
Por não existir métodos muitos eficientes de conservação das
carnes (que era salgadas ou defumadas, mas mesmo assim tinham problemas),
especiarias de sabor marcante, como a pimenta, eram usadas para esconder o
gosto que se instalava nas carnes que se já encontravam em estado de
decomposição.
Na idade media era um dos principais produtos a serem transportados
nas famosas “rotas das especiarias” ou “rotas das índias”, e seu comércio foi
um dos grandes estímulos para a busca de novas rotas por mar para chegar ao
Oriente.
Após a queda do Império Bizantino, Veneza foi o único agente
para a distribuição da pimenta na Europa, e o ponto de coleta do ouro enviado
ao Oriente como pagamento.
Em 1180 foi criada em Londres a corporação dos comerciantes
de pimenta, com o intuito de controlar o comercio desta especiaria na
Inglaterra. Corporações parecidas foram criadas nos maiores centros da Europa
que, porém, dependiam de Veneza para seu abastecimento.
A pimenta cresce nas florestas tropicais, difunde-se através
de taleas e pode produzir frutos por até quarenta anos.
Até hoje é uma especiaria muito importante no ocidente,
tanto que é difusa em praticamente todas as culinárias tradicionais da Europa e
do Oriente Médio. A pimenta é ingrediente tradicional, também, de diversas
culinárias orientais entre as quais podemos lembrar a chinesa e a tailandesa.
Existem, fundamentalmente, três tipos de pimenta:
- Preta, obtida dos frutos não maduros, fermentados por curto período e depois secados no sol.
- Branca, obtida dos frutos maduros deixados de molho para serem, depois, descascados e por fim secados no sol.
- Verde, obtida dos frutos não maduros, normalmente conservados em salmoura ou secados sem fermentação.
Na medicina tradicional a pimenta do reino é utilizada para tratar desordens digestivas, problemas gástricos, diarréia e indigestão.
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