O manjericão (Ocimum basilicum) é uma planta herbácea da
família das Lamiaceas. Existem mais de 60 variedades diferentes de manjericão,
com variações na cor, tamanho e forma das folhas, porte da planta e
concentração de aroma.
Parece ser nativo da Índia, mas já em 2.000 AC seu cultivo era
comum em grande parte da Ásia.
Desde a antiguidade, até hoje, é considerada uma planta
sagrada entre alguns povos hindus, por representar Tulasi, esposa do deus
Vishnu.
Há registros de ter sido usado na China, no primeiro milênio
da era Cristã.
O manjericão parece ter chegado ao oriente médio, na antiga Grécia
e em partes do mediterrâneo nos tempos de Alexandre o Grande, ao redor de 350 AC .
Textos antigos encontrados no Egito citam o manjericão (que
parece ser sido trazido da Índia ou da África) na preparação de bálsamos medicinais
e no embalsamamento das múmias, devido suas propriedades conservantes.
O nome “basilicum” tem sua origem do grego “basilikós”, que
significa “dos reis, ou real”, para indicar sua nobreza. O botânico grego da
Teofrasto, no século III AC, definiu o manjericão como uma erva dos reis.
Os gregos achavam que para se ter uma boa colheita de
manjericão fosse necessário dizer uma serie de impropérios na hora da semeação.
Foi difuso na Europa pelos Romanos. Apício, gastrônomo
romano do século I DC, o menciona em suas receitas. Columela (I sec. DC) o
menciona como uma planta a ser semeada “depois das ides de março e até o
solstício de verão”.
Plínio o Velho, botânico romano da mesma época, afirma que
suas folhas teriam um forte poder afrodisíaco, além de ser uma erva capaz de
curar feridas.
Os Gauleses o consideravam uma planta sagrada, que somente
podia ser colhida por quem estivesse puro.
Na mitologia medieval era considerado símbolo do Ódio.
Na tradição cristã há a lenda que diz que a imperatriz
Elena, mãe do imperador Constantino, encontrou o manjericão no lugar onde Jesus
tinha sido crucificado, e por isso o divulgou em todo o império.
Existem inúmeras outras superstições e lenda envolvendo o
manjericão desde a antiguidade até os dias de hoje.
Chegou à América no norte através dos colonos ingleses no
século XVI.
Dizem ter sido trazido ao Brasil por italianos e é usado no
famoso molho “pesto” de origem genovesa, assim como em outros pratos da
tradição italiana (pizzas, molhos de tomate etc...).
Hoje em dia, se encontra nas regiões tropicais e
subtropicais da Ásia, África, América Central e do Sul, além da Europa.
No Brasil, parece haver 11 espécies do gênero Ocimum.
Sua produção dá-se, em maior escala, no Rio de Janeiro, no
Ceará e na Bahia, mas se encontra em todo o país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário