A bananeira é uma planta herbácea vivaz acaule da família
das Musáceas, que produz uma pseudobaga chamada de Banana.
Não sabe ao certo a região de origem da bananeira, pois ela
se perde nas mitologias orientais. Atualmente admite-se que seja oriunda do
sudeste da Ásia, talvez no sul da China, na Indochina ou, ainda, na Nova Guiné
ou na Malásia. Há referências da sua presença na Índia, na Malásia e nas
Filipinas, onde tem sido cultivada há mais de 4.000 anos.
Indícios arqueológicos e paleoambientais, recentemente
revelados em Kuk Swamp, na província das Terras Altas Ocidentais da Nova Guiné,
sugerem que o cultivo da bananeira remonta naquela região pelo menos a 5.000 AC , ou mesmo até 8.000 AC .
A banana foi mencionada pela primeira vez em textos budistas
de 600 AC .
Alexandre o Grande descobriu as bananas nos vales da Índia em 327 AC .
O botânico grego Teofrasto (372 a 287 AC ), relata uma lenda a
respeito de um homem sábio que sentou debaixo de uma bananeira (considerada
planta da sabedoria) e comeu alguns de seus frutos.
Plínio o Velho (23
a 79 a .C.),
chama-a de "fruta dos sábios" e diz que se trata de um fruto exótico
proveniente do Oriente.
As sementes das bananeiras primitivas eram férteis e tinham
tamanho de até dois cm. Atualmente, em geral são estéreis e se apresentam como
pequenos pontos escuros localizados no centro da fruta.
De acordo com o historiador chinês Yang Fu, existiam
plantações organizadas de bananas no sul da China ao redor de 200 DC.
Aproximadamente em 650 DC, os conquistadores islâmicos levaram a banana de
volta para a palestina. A partir desta época os mercadores árabes, durante suas
viagens, iniciaram a difundir a bananeira por toda a África subsaariana,
chegando ao Madagascar na costa leste e a Guiné na costa Oeste. Possivelmente já
existiam bananas na costa leste da África, levadas por navegadores orientais na
época imperial romana.
Na ilhas canárias, sob domínio árabe, foram criadas plantações
de bananas.
A palavra banana é originária de línguas nativas das
populações da costa ocidental da África (atuais Serra Leoa e Libéria), e foi
incorporada pelos portugueses e espanhóis a suas línguas, sendo depois adotada
por outras culturas (ingleses, franceses etc...).
No século XIV os navegadores portugueses re-descobriram esta
fruta tropical, durante suas viagens ao redor da África, e, ao tomar as Ilhas Canárias
dos árabes, renovaram o incentivo ao seu plantio.
Algumas fontes (Moreira) afirmam que já existiam espécies
nativas de bananeira na América pré-colombiana, as bananas-da-terra ou
“Brancas”, ricas em amido e que precisavam ser cozidas antes do consumo. Outros
estudiosos (Câmara Cascudo) sugerem que, mais provavelmente, as bananeiras vieram
da África e tiveram sim uma difusão e adaptação muito rápida.
Em 1516 o missionário português Tomás de Berlanga levou as
primeiras mudas de bananeira das Ilhas Canárias para a ilha de São Domingo, no
“Novo Mundo”. A partir daí tanto os portugueses quanto os espanhóis iniciaram
os primeiros plantios de bananeiras no Caribe e na America Central. Este
plantio continuou de forma sistemática, incluindo também o Brasil e a costa
ocidental Africana, ao longo dos séculos XV e XVI.
Os primeiro registros que mencionam bananas no Brasil são de
1570 (Pêro de Magalhães Gândavo) e 1583 (Fernão Cardim).
Apesar de sua larga difusão nos trópicos, as bananas
permaneceram quase desconhecidas por grande parte da população européia e norte
americana (era uma fruta tropical, muito rara e que não se encontrava nos
mercados) até o fim do século XIX.
Em 1903, pela primeira vez, as bananas tropicais viajaram
para o norte, num navio refrigerado chamado “Venus”. Hoje em dia é normal as
bananas viajarem em navios refrigerados que suspendem seu processo de
amadurecimento e permitem que cheguem ao destino em condições de serem
vendidas.
Hoje é uma das frutas mais produzidas no mundo, sendo a Índia
o primeiro produtor mundial e o Brasil o segundo. Alguns países, quais Equador,
Costa Rica, Filipinas e Honduras, têm nas bananas uma importante fonte de
divisas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário