segunda-feira, 21 de março de 2016

BANANA

A bananeira é uma planta herbácea vivaz acaule da família das Musáceas, que produz uma pseudobaga chamada de Banana.

Não sabe ao certo a região de origem da bananeira, pois ela se perde nas mitologias orientais. Atualmente admite-se que seja oriunda do sudeste da Ásia, talvez no sul da China, na Indochina ou, ainda, na Nova Guiné ou na Malásia. Há referências da sua presença na Índia, na Malásia e nas Filipinas, onde tem sido cultivada há mais de 4.000 anos.

Indícios arqueológicos e paleoambientais, recentemente revelados em Kuk Swamp, na província das Terras Altas Ocidentais da Nova Guiné, sugerem que o cultivo da bananeira remonta naquela região pelo menos a 5.000 AC, ou mesmo até 8.000 AC.

A banana foi mencionada pela primeira vez em textos budistas de 600 AC. Alexandre o Grande descobriu as bananas nos vales da Índia em 327 AC.

O botânico grego Teofrasto (372 a 287 AC), relata uma lenda a respeito de um homem sábio que sentou debaixo de uma bananeira (considerada planta da sabedoria) e comeu alguns de seus frutos.

Plínio o Velho (23 a 79 a.C.), chama-a de "fruta dos sábios" e diz que se trata de um fruto exótico proveniente do Oriente.

As sementes das bananeiras primitivas eram férteis e tinham tamanho de até dois cm. Atualmente, em geral são estéreis e se apresentam como pequenos pontos escuros localizados no centro da fruta.

De acordo com o historiador chinês Yang Fu, existiam plantações organizadas de bananas no sul da China ao redor de 200 DC. Aproximadamente em 650 DC, os conquistadores islâmicos levaram a banana de volta para a palestina. A partir desta época os mercadores árabes, durante suas viagens, iniciaram a difundir a bananeira por toda a África subsaariana, chegando ao Madagascar na costa leste e a Guiné na costa Oeste. Possivelmente já existiam bananas na costa leste da África, levadas por navegadores orientais na época imperial romana.

Na ilhas canárias, sob domínio árabe, foram criadas plantações de bananas.

A palavra banana é originária de línguas nativas das populações da costa ocidental da África (atuais Serra Leoa e Libéria), e foi incorporada pelos portugueses e espanhóis a suas línguas, sendo depois adotada por outras culturas (ingleses, franceses etc...).

No século XIV os navegadores portugueses re-descobriram esta fruta tropical, durante suas viagens ao redor da África, e, ao tomar as Ilhas Canárias dos árabes, renovaram o incentivo ao seu plantio.

Algumas fontes (Moreira) afirmam que já existiam espécies nativas de bananeira na América pré-colombiana, as bananas-da-terra ou “Brancas”, ricas em amido e que precisavam ser cozidas antes do consumo. Outros estudiosos (Câmara Cascudo) sugerem que, mais provavelmente, as bananeiras vieram da África e tiveram sim uma difusão e adaptação muito rápida.
Em 1516 o missionário português Tomás de Berlanga levou as primeiras mudas de bananeira das Ilhas Canárias para a ilha de São Domingo, no “Novo Mundo”. A partir daí tanto os portugueses quanto os espanhóis iniciaram os primeiros plantios de bananeiras no Caribe e na America Central. Este plantio continuou de forma sistemática, incluindo também o Brasil e a costa ocidental Africana, ao longo dos séculos XV e XVI.

Os primeiro registros que mencionam bananas no Brasil são de 1570 (Pêro de Magalhães Gândavo) e 1583 (Fernão Cardim).

Apesar de sua larga difusão nos trópicos, as bananas permaneceram quase desconhecidas por grande parte da população européia e norte americana (era uma fruta tropical, muito rara e que não se encontrava nos mercados) até o fim do século XIX.

Em 1903, pela primeira vez, as bananas tropicais viajaram para o norte, num navio refrigerado chamado “Venus”. Hoje em dia é normal as bananas viajarem em navios refrigerados que suspendem seu processo de amadurecimento e permitem que cheguem ao destino em condições de serem vendidas.

Hoje é uma das frutas mais produzidas no mundo, sendo a Índia o primeiro produtor mundial e o Brasil o segundo. Alguns países, quais Equador, Costa Rica, Filipinas e Honduras, têm nas bananas uma importante fonte de divisas.

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