domingo, 20 de março de 2016

ALECRIM

O Alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto originário do Mediterrâneo onde cresce espontaneamente até os 1500 mt. de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária.
Apesar de ser originário do Mediterrâneo, hoje cresce em grande parte das regiões temperadas da Europa e América.

Usado desde a antiguidade como remédio e para finalidades rituais, há inúmeros relatos sobre seu uso ao longo da história da Europa.

Restos de alecrim foram encontrados em tumbas de faraós egípcios.

Na Grécia antiga, o alecrim serviu como "pasto" para a produção de mel (as abelhas colhiam o néctar de suas flores) e como ornamento cheiroso.

Na mitologia o alecrim è mencionado na “Metamorfose” de Ovídio em relação à transformação da princesa Leucotoe em uma maravilhosa planta de alecrim, após ser morta por seu pai, o rei da Pérsia Laocoonte, por ter cedido às investidas do deus Apolo.
Como consequência desta lenda, na antiga Roma se colocava a erva perfumada no túmulo dos falecidos. Até hoje o alecrim está ligado a diversos rituais e superstições, como planta que dá sorte e afasta coisas ruins.
  
Parece que até o I ou II século DC o alecrim não fosse usado como ingrediente na cozinha. Depois, o médico Galeno de Pérgamo (entre outros estudiosos da época) descreveu suas propriedades digestivas e assim passou a ser usado como tempero.

Um edito do Imperador Carlos Magno, no ano de 812 DC, obrigava todos os camponeses a cultivar pelo menos uma planta de alecrim em suas hortas, pois a terra onde era plantado era considerada sagrada.

O óleo de Alecrim começou a ser extraído no século XIV. Nos séculos XVI e XVII, o alecrim tornou-se popular como auxílio digestivo em boticários.

No século XVII, na corte da França, ficou famosa uma preparação conhecida como “Água da Rainha da Hungria”, feita a partir de um destilado de flores de alecrim e álcool. Esta “Água” era considerada um remédio para muitos males, o Rei Luis XIV a usava para curar a gota enquanto algumas damas a usavam como perfume.

Até hoje faz parte das culinárias tradicionais da Itália e do sul da França (e de suas versões exportadas ao redor do mundo), enquanto em outros países do mediterrâneo não tem a mesma ampla aceitação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário